<meta name='google-adsense-platform-account' content='ca-host-pub-1556223355139109'/> <meta name='google-adsense-platform-domain' content='blogspot.com'/> <!-- --><style type="text/css">@import url(https://www.blogger.com/static/v1/v-css/navbar/3334278262-classic.css); div.b-mobile {display:none;} </style> </head> <body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/583234744901963634?origin\x3dhttp://palavrasetcetera.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

O desastrado, louco e fantasioso
mundo da Tamara
bem vindo(a)!

início sobre mim comentários links




Tamara Lopes
Fantasia, sonhos, magia, sorrisos, união, felicidade, conquistas, amor, abraços, carinho, família, beijos, diversão, olhares, justiça, amizade, compaixão, música, vida, brincadeiras, suspiros, arte, imaginação, palavras et cetera.

       





O Espelho
sábado, 3 de novembro de 2012 // 23:45




Ela acorda sabendo o que o dia lhe reserva. E isso não dá a mínima vontade de sair debaixo das cobertas (que é a única coisa que ela tem para aquecê-la)... Mesmo assim, depois de apertar com força o travesseiro contra o rosto e soltar um grito abafado, ela se levanta. Arrasta os pés descalços no chão gelado. Ela não se importaria se um buraco se abrisse de repente e sugasse ela para um mundo completamente desconhecido, longe dali. Mas isso não acontece (como ela já sabia que não aconteceria), então resmunga uns palavrões...




Ela caminha até a janela, mas, na verdade, não quer abri-la... Ela sabe que nada de fascinante ou raro pode acontecer. Trauma. Em seu universo, ela sempre deixou as janelas e as portas abertas para que entrassem (e ficassem). Pessoas, novidades, descobertas... amores. Mas nada disso nunca a visitou. Ela fecha os olhos e, antes que se arrependa, empurra as duas partes da janela de madeira para fora. A claridade invade todo o quarto, sem compaixão alguma. Ela abre os olhos de leve, faz uma careta, e contempla seu pequeno mundo através da esquadria. O céu é todo cinzento,  anunciando uma chuva intrusa e traiçoeira... Ela até sente uns respingos tocando de leve sua pele. Era como se o tempo estivesse reproduzindo seu interior abarrotado de sentimentos. Nublado. Vão. Intricado.

Ela decide se arrumar. A vida rotineira e automática a espera... e ela não pode se atrasar. Então volta a arrastar os pés (agora mais pesados) pelo quarto. Do outro lado do cômodo, ela avista o espelho de longe, mas não quer encará-lo. Sabe que, como todos os dias, vai dar de cara com aquela desconhecida. Não que ela tenha alguma coisa contra aquilo que enxerga, ela até simpatiza com algumas feições daquele reflexo. Na verdade, ela só não gosta de olhar nos olhos da solidão... 

E o dia está só começando.

Marcadores: , , ,