<meta name='google-adsense-platform-account' content='ca-host-pub-1556223355139109'/> <meta name='google-adsense-platform-domain' content='blogspot.com'/> <!-- --><style type="text/css">@import url(https://www.blogger.com/static/v1/v-css/navbar/3334278262-classic.css); div.b-mobile {display:none;} </style> </head> <body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/583234744901963634?origin\x3dhttp://palavrasetcetera.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

O desastrado, louco e fantasioso
mundo da Tamara
bem vindo(a)!

início sobre mim comentários links




Tamara Lopes
Fantasia, sonhos, magia, sorrisos, união, felicidade, conquistas, amor, abraços, carinho, família, beijos, diversão, olhares, justiça, amizade, compaixão, música, vida, brincadeiras, suspiros, arte, imaginação, palavras et cetera.

       





Talvez...
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 // 18:43


Talvez não era pra ser.

Foi nisso que decidiram acreditar. A vida fez com que eles tomassem rumos diferentes, os desencontros eram tão frequentes e comuns, que a ausência se tornou uma velha amiga para os dois. Eles se acostumaram com a ideia da distância, com a ideia de não se verem, não se falarem... e não se permitirem. A verdade é que eles funcionavam como trilhos de trem, daqueles que se cruzam em determinado momento, mas depois se afastam e seguem, isoladamente, caminhos distintos. 

Então talvez não era pra ser.

Ele gostava da maneira como ela pensava. Ela parecia conhecer o mundo, a essência das coisas e tinha um quê de nostalgia em sua personalidade que era encantador. E, por mais que ele já tivesse vivido e experimentado um pouco de tudo, ela era novidade pra ele... Ela era um universo desconhecido e misterioso do qual ele não tinha experiência nenhuma, ele nunca explorara algo do tipo antes e a ideia de poder decifrá-la o fascinava. Ele se sentia atraído pelo jeito dela, tão devaneador e amplo de enxergar as coisas, tão simples e ao mesmo tempo tão complexo. Ela era mulher, ela era menina, ela era forte, ela era frágil... Ela era uma mistura de contradições singulares que a tornavam mais especial.

Ele gostava dela... mas talvez não era pra ser.

Ela gostava dos olhos dele, não só porque eles pareciam refletir o céu, mas porque eles transmitiam bondade. E não era uma bondade qualquer, era uma bondade rara, da qual ela nunca tinha visto antes em mais ninguém... verdadeira e intensa. Ele era a resposta das perguntas que ela sempre fizera, ele era a certeza das dúvidas que ela sempre tivera... Ele era tudo menos as reticências que preenchiam a vida monótona que ela estava acostumada a levar. E ela se surpreendia com a inteligência ilimitada e com a capacidade ímpar que ele possuía de passar horas discorrendo sobre qualquer assunto. Sem contar que aquele sorriso gentil dele a deixava sem resistência alguma, era uma das coisas mais bonitas que ela já vira na vida.

Ela gostava dele... mas talvez não era pra ser.

E eles decidiram ser amigos, assim teriam um pretexto pra não se afastarem, pelo menos não totalmente. Eles perdiam horas de sono conversando, embora, no fundo, não quisessem só perdê-las com conversas... mas preferiam isso a nada. Manter esse tipo de contato era poder saber o que estava acontecendo na vida de cada um, era poder saber como estavam... e isso bastava para que eles ainda se sentissem essenciais e ligados um ao outro. Sempre que conversavam, falavam de tudo, inclusive de amores antigos... Isso era uma forma de disfarçar a frustração, era camuflar a saudade de um amor novo que nunca se iniciou. E entre risadas e olhares, meio tristes e acanhados, eles guardavam só para eles o sentimento difuso do qual sabiam que jamais iriam compartilhar entre os dois. Afinal de contas, eles eram como trilhos de trem...

Talvez não era pra ser mesmo. Ou talvez era... e não foi porque eles estavam ocupados demais, insistindo em não se encontrarem.

Marcadores: , , , , , , , , ,