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O desastrado, louco e fantasioso
mundo da Tamara
bem vindo(a)!

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Tamara Lopes
Fantasia, sonhos, magia, sorrisos, união, felicidade, conquistas, amor, abraços, carinho, família, beijos, diversão, olhares, justiça, amizade, compaixão, música, vida, brincadeiras, suspiros, arte, imaginação, palavras et cetera.

       





Não um trote qualquer...
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013 // 09:51


- Alô?

- Ei... 

- ... Quem fala?

- Um cara muito, muito mesmo perdido...

- Isso é algum trote? Desculpa, mas se você não ligou na intenção de falar com alguém, então acho melhor eu desligar. Sabe, não dá pra perder tempo...

- Não! Espera, por favor? Eu só quero conversar e preciso que alguém me escute de verdade. E não precisa dizer nada, sério. Se você achar que cada segundo na linha esteja desperdiçando o seu tempo, então tudo bem, você pode desligar na minha cara.

- Só pode ser brincadeira... Tá, pode falar... eu vou te escutar.

- Obrigado... de verdade... Sabe, eu sempre fui perdido num mundo só meu... e esse foi o problema. Ela costumava dizer que eu mantinha a porta da minha vida fechada, trancada com correntes e cadeados, tão resistentes que impediam qualquer um de bisbilhotar. E ela se chateava porque dizia que não era qualquer uma e que merecia ter a chave dessa porta, pra abrir, entrar e ficar... Talvez ela não quisesse as flores que eu mandei, nem os bilhetes estúpidos com pedidos esfarrapados de desculpas. Talvez ela não quisesse ausências, justificativas, olhares arrependidos e palavras vazias. E eu fui burro pra caralho por perceber isso só depois. Mas ela tem razão, ela sempre teve razão...

Na verdade, talvez esse tempo todo ela só quisesse ver o que tinha por trás do cara cauteloso, com cartões e cigarros espalhados por todos os bolsos da calça e da camisa. Talvez ela quisesse saber o que meu penteado bagunçado ou o olhar disperso escondiam. Talvez quisesse desvendar o meu tique nervoso, descobrir por que minhas pernas se balançam por tantas vezes seguidas sem parar. Talvez quisesse que eu explicasse sobre aquele tal assunto do trabalho que eu fiz questão de dizer na cara dela que era coisa chata pra cassete e que por isso ela não entenderia.

Era pra eu ter puxado o cabelo dela, mostrando o quanto eu a queria. Eu devia ter beijado primeiro as orelhas, descido pelo pescoço, mordiscado os lábios e arriscado as mãos bobas. Devia era tê-la colocado em cima da mesa, ter apertado as pernas dela em volta de mim, devia tê-la feito sentir desejo extasiante, ter findado nosso amor com marcas de arranhões, palavras atrevidas, lençóis amassados e molhados de suor.

Talvez devesse ter sido alguém que, desde o começo, ela sempre mereceu e não um completo filho da puta. Acho que, sei lá, meu maior medo era de não ser bom o suficiente pra alguém que é infinitamente melhor que eu.... Mas agora eu tirei as tais correntes e os cadeados e a porta está aberta, escancarada, só esperando ela entrar... para permanecer, e isso é definitivo. Quero mostrar o que tem por trás desse cara inseguro e vulnerável, que veste tantas armaduras fajutas. Quero que ela saiba que eu a amo e que desejo, mais que qualquer outra coisa, dividir minha vida com ela.

- É isso?

- É... é sim... Pensei que desligaria na minha cara.

- Eu também pensei, mas... desisti. Foi bom te escutar. Só me pergunto por que você ainda não a procurou para dizer todas essas coisas pessoalmente a ela?

- É o que eu estou tentando fazer. Agora que decidi abrir a porta da minha vida pra ela entrar, estou aqui fora esperando ela abrir a da casa dela pra eu fazer isso... Você abre, amor?

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