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O desastrado, louco e fantasioso
mundo da Tamara
bem vindo(a)!

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Tamara Lopes
Fantasia, sonhos, magia, sorrisos, união, felicidade, conquistas, amor, abraços, carinho, família, beijos, diversão, olhares, justiça, amizade, compaixão, música, vida, brincadeiras, suspiros, arte, imaginação, palavras et cetera.

       





E quando um laço se desfaz... amarre-o novamente
quarta-feira, 31 de julho de 2013 // 22:20


Eu acordei e ele já não estava mais na cama... o lençol não estava amassado, não estava quente, suado. Nada. Não tinha sinal nenhum de que ele tivesse passado a noite ao meu lado, nenhum sinal de que dormira comigo.

Eu me deitei na noite passada e ela já estava dormindo, virada para o outro lado, como se quisesse evitar ficar frente a frente comigo na cama. Todas as noites são assim... eu acordei mais cedo pra fazer o café da manhã e tentar impressioná-la, mas parece que nem isso ela percebe.

Tudo bem. Lavei o rosto, me encarei no espelho... eu não sou tão jovem como fui antigamente, não sou mais aquela garota cobiçada. Gosto do meu sorriso, das sardas e meu corpo ainda é durinho, principalmente meu bumbum... mas eu já estou com rugas no olhos. Será que é isso? Ele me acha velha, claro. Já não sou atraente pra ele? Pelo jeito não... se até o café da manhã ele está tomando sozinho.

Às vezes me pergunto o que fiz de errado. Fico procurando os erros em cada coisa que eu fiz, disse, pensei... sei lá. Talvez minhas piadas não tenham mais graça, e eu sinto muito por isso... Eu enlouquecia quando ela gargalhava de forma que as maçãs do rosto ficavam sobressalentes, achava aquele sorriso incrível... e ficava totalmente sem ar quando ela tinha um olhar de "poxa, como eu sou feliz ao lado dele". Sinto saudades desse olhar que deram lugar a um indiferente e disperso. Ela vem na cozinha e simplesmente finge que não estou aqui.

Legal, além de querer tomar o café sozinho, ele não me diz nem um "bom dia" ou "péssimo dia" ou até mesmo "nosso casamento acabou, você envelheceu, perdeu a graça, tô saindo com a gostosona da contabilidade e não te amo mais". Sei lá, que seja... Talvez ele esteja mesmo saindo com alguém. Comprei essa camisola, vermelha da cor que ele gosta - ou costumava gostar - só pra impressioná-lo, e ela é bem menor do que deveria e... cacete, ele não repara! Se fosse nos velhos tempos, ele me agarraria agora mesmo, empurraria todas essas frutas e pães da mesa e faria eu me deitar nela pra depois se debruçar sobre mim.

Eu nunca vi essa camisola antes... Eu deveria me preocupar com isso? Não... Bom, talvez... Sim... É, deveria, sim, e muito! Ela nunca usou uma tão curta assim. Será que o vizinho da frente, aquele filho da puta, tá se aproximando dela enquanto eu estou fora?! Ou então o professor de ioga dela, é pode ser esse cara também. Eu nunca acreditei que ele fosse gay mesmo... Mas, puta que pariu, ela precisava estar tão bem a ponto de comprar coisas novas, usar e esfregar na minha cara?!


Eu não tenho estômago pra comer nada. Se mesmo nessa situação ele ainda consegue se alimentar de alguma coisa, ótimo pra ele. Vou pra sala, sentar no sofá, olhar para o nada. Nada porque é simplesmente o que tem para olhar. As fotos de um casal feliz e apaixonado nos porta-retratos?! Não é nada, isso não existe mais, talvez nunca existiu e eu fui burra demais pra não ter notado isso antes...

Por que ela faz isso comigo?! Entra aqui, não olha pra mim, faz desfeita com o café que preparei para nós dois e me ignora, desse jeito, tão fria, distante... Aposto que foi para a sala como sempre faz, olhando pra tudo e nada ao mesmo tempo, com o olhar e o pensamento disperso. O que será que se passa na cabeça dela? Que quer acabar com o casamento? Poxa, é só dizer e me tirar logo dessa tortura! Droga, vou atrás dela!

Quer saber?! Cansei desse chove não molha, cansei de incertezas, de não sair do lugar... cansei de formar mil teorias e não ter certeza absoluta de nenhuma delas. Eu quero e vou acabar com isso. Vou falar com ele e se ele quiser o fim do casamento, tudo bem, eu vou superar. Uma resposta, mesmo que uma ruim, é melhor que esse vazio dia após dia. Se ele quisesse o fim não faria diferença mesmo, faria?

- Posso me sentar aqui com você?

Uau, ele fala! E está falando comigo agora, estranho... - Pode, vai em frente.

Ela pensou demais. É claro que ela não queria você por perto seu imbecil! - Obrigado.

- Por nada, essa é sua casa também. Então...

- É, é sim. Nossa casa.

Estranho. Estranho. Estranho. O que será que tinha naquela merda de café que ele tomou?! Ah, que se dane... - Quer ver um filme? Vai começar um legalzinho agora... quer dizer, deve ser legal, li a sinopse e achei interessante.

Ela me convidou pra ver um filme com ela?! Será que faz ideia do que está falando?! - Claro... hãn, é claro.

Por que eu sorri?! Drooooga. - Bom, então vou fazer a pipoca!

Puta que pariu, tenho que fechar a boca e parar com essa cara de idiota. - Eu te ajudo!

- Ótimo.

- Perfeito!

Eu não quero ir a lugar nenhum...

Ah, se ela soubesse o quanto a desejo...

- Antes... preciso te falar uma coisa.

- Eu também preciso, de verdade.

- Eu ainda te amo.

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